sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Resenha e opinião crítica sobre Ética na política...





A ética é a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade, fundamentando-se na natureza humana, de onde surge a fonte de seu comportamento. Assim, a ética brota de dentro do ser humano, daqueles elementos que o caracterizam na sua experiência como homem, diferenciando-o dos outros seres; ela exige antes a determinação da sua realidade ontológica para estabelecer a forma do comportamento. Portanto, esta ciência ocupa-se de um objeto próprio: o setor da realidade humana que chamamos moral (VÁSQUEZ, 2002; CAMARGO, 2004; RATTNER, 2005).

Durante esse segundo semestre, aqui no blog, discorremos sobre a Ética na Política e concluímos que mais que depressa é necessário, repensar ética no cenário político brasileiro... Levando-se em consideração que a relação entre ética e política é uma discussão mais antiga do que podemos imaginar, está longe de se por um fim nessa discussão ou ao menos chegar a uma solução capaz de faze-las tornar-se uma ou ainda fazer com que as duas "andem de mãos dadas".

Diz-se, que o brasileiro é corrupto, que abandonou a ética desde sua colonização ou melhor que se a ética aqui chegou, foi meramente uma visitante, que logo partiu e deixou-nos como herança, o "jeitinho brasileiro", pois logo no início os que aqui chegaram, diga-se de passagem os portugueses, logo encontraram uma maneira de dar "um jeitinho" para se apropriar das riquezas aqui existentes, desapropriando e deserdando os que aqui já habitavam Infelizmente, nosso país está estruturado com bases de corrupção e para que haja uma mudança generalizada é preciso mudar desde nossas pequenas e costumeiras maneiras de "dar um jeitinho", para se obter algo sem burocracia de um lado, mas que custa-nos nossa ética e moral.

Enfim, pode-se concluir que a ética não muda. É uma ciência que sempre esteve e estará em busca do bom comportamento humano, visando os valores positivos.

O que muda, durante o passar do tempo, é o conceito dos valores positivos construídos pela humanidade.

Portanto, a pretensão do trabalho não é trazer fórmulas de comportamentos impecáveis no âmbito político, e sim, deixar claro que para um político ser ético deve preservar os valores positivos de sua época, fazendo o bem comum da sociedade, pois, as conseqüências de suas atitudes serão perpetuadas na história política da nação. E mais, para que uma ação política tenha sucesso, os cidadãos devem participar ativamente e serem fiscalizadores de seu bom andamento. 

Porque o povo brasileiro acredita ser livre, mas está enganado: é livre apenas durante as eleições dos membros do Executivo e do Parlamento, pois, eleitos os seus membros, ele volta à escravidão, é um nada (Rousseau)

Fazendo alusão ao passado, mas em novo contexto: QUEREMOS ÉTICA JÁ!!!

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Ética e Política Contemporânea no Brasil


Texto Acadêmico



Diante da paradoxal sociedade brasileira, na qual a história deixou tantas marcas de injustiça permanecem, porém, a vitalidade e a capacidade de evoluir, que saltam aos olhos de todo o compromisso ético que obriga diante da realidade política, independente das vicissitudes do presente, de continuar trabalhando para a construção de uma democracia respeitadora dos direitos humanos e companheira de uma economia mais solidária – além de próspera, sustentável e respeitosa da natureza -, para uma sociedade mais feliz; não apenas igualitária do ponto de vista legal, mas, com mais justiça social, melhor distribuição de renda, menos violência. Esta utopia concreta continua a lutar por se realizar em nosso país, com dificuldade. É uma utopia viável, porque materialmente as riquezas brasileiras a fazem possível e as aspirações populares a demonstram desejada. Espera-se que o núcleo de paixões e interesses em contenda no momento político, se deixe medir pela responsabilidade patriótica. Tendo no horizonte esta utopia que permanece válida (ALBORNOZ, 2005). Porém, os últimos acontecimentos aos quais o Brasil teve de assistir, não foram nada animadores no que diz respeito a mudanças realmente esperadas. O escândalo mais chocante foi o do governo de Collor, em que era praticado tráfico de influência e irregularidades financeiras organizadas pelo empresário Paulo César Farias. O resultado, que abalou profundamente o Brasil, foi o Impeachment. Passados treze anos, veio à tona o assunto sobre “Mensalão”, que provocou uma crise tão profunda quanto àquela da época de Collor. Assim, o povo brasileiro sofre desilusões em relação a quem confiaram as mudanças. 

Mesmo porque, a subordinação de funções públicas a interesses pessoais é quase unanimemente apontada por consultores políticos como característica de política brasileira. Quanto maior a confusão entre o público e o privado, mais fértil é o terreno da corrupção. E mais, o processo decisório se submete à lógica de que os cargos políticos são posses de seus mandatários, e não, como supõe a semana democrática, mecanismo de representação do coletivo nos poderes constituídos (URSO, 2004). 

A única possibilidade que existe para que a Ética possa ser exercida na Política hoje, é a partir de uma mudança de mentalidade e conseqüentemente de atitude da própria população. Deve-se acabar com a percepção de que os nossos representantes fazem “favores para o povo” e de que são revestidos com uma aura de poder. Eles são funcionários públicos sustentados pelos impostos pagos e que devem obrigações para a população. Além disso, a ética deve permear todas as relações cotidianas; seja em casa, no trabalho ou na comunidade. A maldita lei de Gérson, de tirar pequenas vantagens no dia a dia, em prejuízo de outras pessoas, ou o desvio de milhões de reais dos cofres públicos, são dois exemplos de corrupção, em diferentes proporções, é claro. Tem-se que avançar como sociedade, refazer os conceitos, as relações sociais para compreender que o bem comum só será garantido com a participação de todos os cidadãos. Não se pode continuar transferindo essa responsabilidade para outras instâncias. Devem ser definidos, com clareza, os papéis na sociedade para que se construa uma verdadeira Comunidade Ética 
(NETO, 2005).




Fonte:www.boletimjuridico.com


Postado por: Aline Chaves

terça-feira, 11 de novembro de 2014

O SONHO DA ÉTICA NA POLITICA: - VENCER DA GANÂNCIA!!!!


POSTADO POR GRAZIELLE ROCHA.

ÉTICA NA POLÍTICA BRASILEIRA?



Os princípios da “ética da responsabilidade” correspondem à necessidade dos governos de promoverem o bem comum, de grandes grupos ou de toda a população, e para isso esses governos lançam mão de qualquer meio que enseje o alcance dos seus objetivos. Por exemplo, seria justificável até a pena de morte para criminosos incorrigíveis a fim de evitar que voltem a causar mal à sociedade.


No Brasil fica claramente demonstrado que em política quase tudo é feito contrariando normas morais e princípios éticos, pois, para começar, os políticos não são éticos quando mentem aos seus eleitores, fazendo promessas que jamais pensaram em cumprir, já que o seu único objetivo é alcançar um mandato que lhes permita legislar para seu próprio benefício ou de grupos hegemônicos, ou administrar bens públicos, para retirar deles o que puderem, para si e para seus aliados. Neste caso parece claro também que a política brasileira adota a “ética da responsabilidade”, com a diferença de utilizar como meio o sacrifício da sociedade e, como fim, o favorecimento a pequenos grupos, e a criminosos, entre os quais alguns políticos.



É comum, quando alguém menciona este estado de coisas, vir junto o esclarecimento de que uma minoria é responsável por ele, que há grande quantidade de bons políticos e outras coisas, mas a nossa observação nos leva a concluir que, pelo contrário, há muito poucos políticos bem intencionados, que chegam a abandonar a carreira por não concordarem com o que acompanham entre seus pares, e também por não suportarem a pressão que aqueles lhes fazem para que se aliem às suas falcatruas.


Para reforçar estas afirmações é muito fácil incluir fatos conhecidos e comprovados, como a busca incontrolável do Congresso Nacional pelo aumento dos seus próprios salários e benefícios, que resulta no aumento em cascata dos vencimentos dos demais patamares legislativos, enquanto levam meses para decidir sobre um insignificante reajuste do salário mínimo nacional. O nepotismo atinge níveis intoleráveis nos três poderes da República, com todos seguindo emaranhados caminhos para incluir parentes e amigos entre os afortunados detentores de ganhos públicos, alguns sem nada fazer, desperdiçando descaradamente valores arrancados dos parcos salários da população, através de impostos que estão entre os mais altos do mundo.


Aproveitando o comentário, não seria ruim pagar altos impostos, como fazemos, se houvesse reciprocidade na prestação de bons serviços à população nas áreas de saúde pública, educação e segurança.


Já houve época em que no Brasil buscava-se a escola pública por ser de melhor qualidade, e não são poucas as pessoas de destaque que foram muito bem formadas através delas. Mas hoje o que se vê são professores mal formados, desinformados e mal remunerados, tentando ensinar qualquer coisa a alunos que não têm motivação para estudar, pois para alguns tanto faz estudar muito ou pouco, já que serão sempre marionetes em uma sociedade dominada por interesses minoritários, encontrando somente empregos cuja remuneração não passa do salário mínimo.


A segurança pública é vergonhosa, apodrecida também por altíssimos níveis de corrupção, cedendo diariamente espaço a grupos criminosos muito bem organizados e armados, infiltrados entre a população, que em alguns casos os considera seus protetores e benfeitores já que não confia na polícia e nas demais instituições brasileiras. A criminalidade alcança status de terrorismo, com atentados organizados a propriedades públicas e privadas, como a queima de ônibus repletos de inocentes passageiros que morrem sem saber o motivo, obrigando a população a evitar sair de casa em alguns bairros das grandes cidades por temer o alcance de alguma bala perdida. Já se constatou que grupos criminosos organizados patrocinam entre os seus componentes a formação de advogados para defenderem os seus interesses e não seria improvável também patrocinarem a eleição de políticos, com a mesma finalidade.


Quanto à saúde pública o que existe é suficiente apenas para acompanhar aqueles mais resistentes, capazes de esperar durante meses por atendimento médico, pois os que se encontram em estado grave simplesmente morrem sem atendimento nas portas dos hospitais, às vezes sem dispor de médicos ou meios suficientes e até fechados, por conseqüência da má administração de mandatários incompetentes e mal intencionados ou por alguma descabida disputa política.


Isto já é suficiente para encher qualquer pessoa de indignação, mas há mais, envolvendo outras necessidades básicas do ser humano, como a alimentação, pois consta que 44 milhões de brasileiros, 25% da população total, vivem abaixo da linha da miséria, e cerca de 9 milhões deles passam fome. Na contramão desse fato, conforme matéria da revista Superinteressante de março/2013, em todo o país são jogadas no lixo, diariamente, 43 mil toneladas de alimentos, considerando somente a parte em perfeito estado, suficientes para prover café da manhã, almoço e jantar para 21 milhões de pessoas, todos os dias. E quando alguém perguntou sobre essa situação desumana, o Ministro Extraordinário da Segurança Alimentar respondeu simplesmente que a responsabilidade cabe ao modelo econômico brasileiro, que concentrou renda e gerou desemprego.


Então porque as forças políticas do país, tão céleres quando se trata de atender aos seus próprios interesses, não agem de forma eficaz para resolver o problema, que atinge também a cadeia produtiva, já que produtores são obrigados a atirar os excedentes no lixo, tudo porque os brasileiros miseráveis não têm dinheiro para comprar os seus alimentos, que correspondem a essas mesmas quantidades excedentes? Os produtores não têm como distribuir gratuitamente os excedentes porque assim os seus prejuízos seriam ainda maiores, em consequência das dificuldades de transportes e seu alto custo. Mas ninguém faz nada, pois isso não seria oportuno já que não estamos em época de eleição. Os miseráveis continuam com fome e assim caminham a humanidade e a política brasileira.


Quando explode cada um dos inúmeros escândalos de corrupção, a mídia explora exageradamente os fatos, parecendo estar a serviço de grupos de oposição aos que são alvo de investigações. Mas mesmo assim, como se tudo isso fosse pouco, nada é feito para punir os culpados, trazendo outro elemento à nossa cena política: a impunidade. Esses mesmos políticos envolvidos nos casos de corrupção, que enojam a maioria dos brasileiros, acabam sendo reeleitos, provavelmente pela massa popular manipulável, mantida pobre e com baixa escolaridade exatamente com esse propósito. Ninguém pune ninguém, fazendo parecer que todos, nos três Poderes da República, nos três níveis de governo, têm algum tipo de culpa, e que entre eles há pactos de não se incomodarem uns aos outros. Alguém pode até ser condenado, mas não cumpre a pena.


O legislativo aprova leis baseadas em princípios imorais para beneficio dos próprios políticos e, se algum deles é questionado por alguma ação obscura, afirma que o seu ato é legal, já que a lei existe. Nossos políticos lançaram a sua reputação e os seus parâmetros éticos ladeira abaixo, pois nas pesquisas sobre a credibilidade das instituições eles estão sempre em último lugar e, cinicamente, parecem não se incomodar com isso.


Que país abençoado é o nosso! Apesar dos desmandos da nossa política e das nossas instituições, vivemos em uma terra fantasticamente bela, fértil e próspera, onde tudo é grandioso, com vários tipos de clima e vegetação, onde estão a maior floresta tropical, a maior fauna e os maiores rios do mundo, com enormes e invejáveis potenciais, sem terremotos ou furacões. Nossa economia é pujante. Somos um povo dotado de maravilhosos talentos, bem constituído, pacífico e paciencioso, capaz de superar dificuldades, curar mazelas e continuar crescendo, incomodando as maiores economias do planeta.


Por tudo isso temos o dever de nos opor a esses desmandos, também pacificamente, com ações populares que levem o Legislativo a conceber leis inspiradas em princípios éticos universais e o Executivo e o Judiciário a obedecê-las, priorizando os interesses da coletividade, estabelecendo medidas voltadas para a desconcentração da renda e a geração de empregos, e promovendo de forma maciça a educação, como principal meio de saída da situação em que nos encontramos. O Brasil necessita e merece isso, para seguir a sua vocação de grande potência mundial, com brasileiros felizes e sem a miséria física e moral a que são submetidos, com ética na política.



fonte:http://nosenossascoisas.wordpress.com


Postado por Grazielle Rocha.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Etimologia da palavra Você - Parte II



Filme 45 º Vossa mercê - (Bronze no festival mundial de publicidade  de gramado 2007).

Etimologia da palavra Você - Parte I



Você sabia... qual é a origem e o emprego do pronome você?

“Você” é forma evoluída (transformada) do pronome de tratamento vossa mercê, assim:

vossa mercê > vossemecê > vosmecê > você. 

Textos de 1813 já a registram, sob a forma de vosse.

Na prática, seu emprego é de segunda pessoa, já que é usado com referência à pessoa com quem se fala (teoricamente, tu) e não, à pessoa de quem se fala. Entretanto, em razão da origem, “você” é pronome de tratamento – da mesma forma que vossa excelência, vossa senhoria, vossa majestade, vossa alteza e outros – e como tal é da terceira pessoa do singular (plural: vocês). Por isso, leva o verbo para a terceira pessoa: “Você é meu amigo” e “Vocês podem ir”.

Você é utilizado como sujeito, agente da passiva e adjunto adverbial, como em “Você já disse o que quer”, “Cátia foi nomeada porvocê” e “Quero ir com você”. No padrão coloquial, também aparece como predicativo, especialmente no plural: “Este livro é de vocês?”. Esse pronome funciona também como objeto, mesmo na língua culta: “Quero você para mim” e “Não darei a você esse gostinho”.

Você é largamente empregado na maior parte do território brasileiro, com exceção do Sul e de algumas áreas do Norte e Nordeste – em que se usa tu –, para expressar intimidade, para indicar relação de igual para igual ou relação superior/subordinado e mais velho/mais jovem. Em Portugal, ele também existe, mas é sobrepujado em uso por tu.


Resta uma questão: por que os pronomes de tratamento são de terceira pessoa, uma vez que se referem à pessoa com quem se fala (segunda)? Tal fato tem explicação histórica: no passado, não era considerado apropriado alguém se dirigir diretamente a autoridade ou a pessoa de classe social superior usando pronome de segunda pessoa (tu, vós). Os costumes requeriam o emprego de formas indiretas, pelas quais se fazia referência aos atributos do interlocutor. Daí os pronomes Vossa Excelência, Vossa Majestade, Vossa Reverendíssima e outros serem de terceira pessoa (forma indireta) e para ela levarem o verbo, pronomes oblíquos e possessivos. Como exemplos atuais dessa comunicação indireta, temos: “Meu pai gostaria de levar-me ao shopping?” (em vez de “Pai, quer me levar ao shopping?”) e “A filhinha agora vai tomar sopinha” (em lugar de “Filhinha, agora você vai tomar sopinha”).

Encontro de Letras


Na última semana de outubro ( de 28 a 30) os alunos de Letras do primeiro e segundo semestre se reuniram para realizar o Encontro de Letras e Sarau, sob a coordenação da professora doutora Joana Ormundo.

O Encontro de Letras teve como tema Outubro Rosa com o objetivo de fomentar ações voltadas a prevenção do câncer de mama e a conscientização da prevenção pelo diagnóstico precoce, também foi composto por palestras, apresentações musicais, declamações de poemas, além do correio elegante e do varal de poemas. Tudo ficou muito lindo... e delicioso com a confraternização que a galera de Letras organizou no fim do Sarau, para fechar com chave de ouro o Encontro de Letras!!! :)

Quem esteve presente no Encontro de Letras no período noturno pode apreciar além das apresentações culturais, palestras que muito contribuíram para o aprendizado, entre elas:

  • Multiculturalismo, interculturalidade e cidadania nas sociedades contemporâneas - Palestrante: Professora Doutora Manuela Guilherme (Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra - Portugal) 
  • A construção visual e verbal de identidade no jornal Folha de São Paulo: a perspectiva dominante sobre comunidades oprimidas. - Palestrante: Professora Doutora Souzana Mizan (Departamento de Letras da Universidade Federal de São Paulo -UNIFESP) 

O encontro contou com a presença dos professores, alunos e convidados...

Foi uma semana de intensa atividade cultural nos dois períodos manhã/noturno.


Se por acaso, você perdeu essa oportunidade de estar reunido conosco, não fique triste... ano que vem tem mais!!! ;)



Postado por: Aline Chaves